segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Entrevista: 1ª Exposição de Fotografia 'Rotten Apple'

Um pouco emocionante ler pela primeira vez uma entrevista nossa num jornal regional. Agradecimentos aos conhecidos e desconhecidos que visitaram a exposição durante estes 3 dias. Agradecimento especial a Patrick Vigg.





Maria Espada – Como conheceu o fotógrafo Patrick Vigg e como surgiu a vossa parceria?
Diana Gonçalves - Lembro-me de um dia estar em Leiria a fotografar uma parede graffitada com citações e Patrick também lá estava a tirar fotografias á mesma parede. Pediu-me que lhe mostrasse as fotografias que já tinha tirado á parede e deu-me algumas dicas para melhorar. Chegámos a ir ver máquinas fotográficas numa loja e levei com uma mini-explicação intensiva de máquinas DSLR e técnicas para fotografar. Confesso que aprendi bastante com ele. Os seus filhos já fizeram várias exposições em Paris e então falou-me da possibilidade de expor as minhas fotografias juntamente com as dele. Entretanto surgiu mais uma oportunidade de expor em Portugal e uma provavelmente em Paris onde Patrick tem o estúdio. Mas é uma parceria temporária.

ME - Como surgiu o gosto pela Fotografia?
DG -
Explicar como surgiu é um pouco complexo, gostos por vezes são criados, mas o meu é um gosto quase inato. Lembro-me dos meus primeiros dias no Jardim de Infância em que tirava fotografias aos meus colegas a brincar com a minha máquina fotográfica imaginária. (risos) E adorava quando era altura de tirar a fotografia de grupo, todos os anos lectivos. Não por ficarmos bem na fotografia ou não, mas pelo facto de, com um simples ‘click’ captar-se esse momento, que não se voltará a repetir. Por isso penso que é mais fácil explicar, não como, mas sim quando surgiu o gosto pela fotografia.

ME - Prefere estar á frente ou atrás da câmara fotográfica?
DG - Atrás da câmara fotográfica, sem dúvida alguma.

ME - Mas já foi modelo fotográfico. O que retirou dessa experiência?
DG - Foi uma experiência com seus aspectos agradáveis e desagradáveis. Ser modelo fotográfico foi bom para perceber o outro lado, e dei conta que o que está a ser fotografado tem de aparecer na fotografia como realmente é a sua natureza. Penso que se devia dar a liberdade ao modelo de adaptar a sua própria postura e pose consoante os objectivos do fotógrafo. Quem está a fotografar juntando-lhe, luz, paisagem e o ângulo certo completa a sua ideia com a que o modelo lhe apresenta. Eu vejo isto assim, é isso que define em parte um bom modelo. Mas todas as experiências são boas, na medida em que podemos aprender com elas.

ME - Isso reflecte-se na sua fotografia?
DG - Tento sempre que se reflicta. A Natureza é dos melhores modelos. Tem a sua própria pose, a sua própria elegância. Até mesmo algo que não se considere bonito tem a sua maneira própria de existir. Quando se tratam de pessoas ou animais que encontro na rua, existem gestos tão habituais e tão gastos que procuro captar, atribuindo-lhes importância e simbologia. Tento sempre ser eu a adaptar-me ao que estou a fotografar

ME - Alguns exemplares destacaram-se nesta exposição. Entre elas estão duas das suas fotografias Está quase na hora.amo-te! e De Negro. Como reagiu a estas preferências e quais são para si as suas fotografias mais marcantes?

DG - Sim, reparei que as pessoas se sentiam tocadas e se demoravam a observar com mais atenção essas duas fotografias. Talvez pelo facto de o Saudosismo ser das características mais típicas do povo Português. Enquanto que Está quase na hora.amo-te! é um momento de despedida entre dois jovens num aeroporto, De Negro acontece após uma despedida e retrata a longa espera de uma idosa vestida de preto sentada á beira mar. Dá-nos a ideia de esperança, apesar de também transmitir uma noção de tempo infinito entre a despedida e a espera. Tenho muitas que me marcaram mas penso que são estas as duas fotografias que me marcaram mais, pois despedidas são dolorosas. Faz pensar e repensar muitos momentos.

ME - Pudemos ver também uma sequência em miniatura de Auto-Retrato: Maçã e Podridão que foi alvo de interrogações por parte de alguns visitantes pela impossibilidade de se ver a sua identidade. Deu-se conta da curiosidade do público? Qual a razão desta sua característica?
DG -
(risos) Passei despercebida. Estive á conversa com alguns visitantes. Entre críticas e elogios às fotografias houve quem me chegasse a perguntar se a fotografa daquela parte da exposição não tinha vindo. Quase ninguém pensou que fosse eu nesse auto-retrato. Só quando eu e ele (Patrick) fomos chamados ao palco para fazer um pequeno discurso é que se aperceberam que era eu. Encheram-me de abraços e apertos de mão depois de descer do palco. Foi marcante.
Quanto a essa característica, não sei bem, cada pessoa tem a sua forma de se apresentar e eu habituei-me assim com cortes na fotografia, sombra e desfoco. Uma senhora disse que tentava fugir da objectiva da câmara fotográfica e pode ser que tenha razão. Afinal é como se tivesse a minha própria arma apontada á cara.

ME - O que é para si fotografar?
DG -
É ter o dom de fazer parar o Tempo!




29 Novembro 2008, Gazeta do Mar, Maria Espada

sábado, 29 de novembro de 2008

Exposição de Fotografia Rotten Apple
Galeria Municipal das Caldas da Rainha (29 Novembro) e Leiria (Dezembro)
actualizado por Marlene

TMX feat. DG - Heart Vs. Mind




TMX
Slowly it's taking over me (shhh)
The feeling that I just can't beat
And I'm not the type to hate, but
I believed in you and you took away my faith
I've tried so hard and you didn't want to see
And the lie you told is driving me crazy

DG
I keep telling myself that it's over
Love blinded me once but now I'm sober
It's like fighting myself and this is killing me
I don't want us to come closer again
'Cause you are the man and I still can't understand, but
I keep telling to myself that it's over


Chorus: DG
Oh I gotta listen to the mind and shut the heart up
let you fade away till your image goes dark
I wanna let it go, let it tear us appart
It's mind versus heart (mind versus heart)
But it hurts that I'll still love you
No matter what
Even knowing the truth in you it seems like I'm blind

It's heart versus mind
(x2)

Break Chorus: DG, TMX
Listen
I've tried to forget 'bout you
(yes)
To move on and think about my life
(but)
Everytime I try to forget 'bout you
(shhh)
I think about you and I forget my life
It's heart Vs. mind

Rep. Chorus

actualizado por Marlene

sábado, 22 de novembro de 2008

Goodbye...


21 de Novembro de 2008, eu esperava a hora de embarque para Paris. durante 40 minutos ali estava eu. estavam eles. forçadamente procurava abstraír-me com as informações no painel de voos. "Amesterdão, 12:50h, embarque" nos altifalantes soava uma voz avisando os passageiros em falta. á minha direita eles permaneciam no mesmo lugar, frente a frente, os pés alinhados como se quisessem impedir que estes iniciassem seus passos. ela chorava. ele disse "está quase na hora. amo-te!". ela chorava. eu chorava. afastei-me e virei-me de costas. voltei a olhar o painel. 13:20h tempo de embarcar. Paris. ela ficou. ele foi.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Será que o lugar das histórias de encantar não existe mesmo?













Museu de Cerâmica
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